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O valor passou de R$ 29,19 em 2014 para R$ 32,49 em 2018


O valor médio gasto pelos fortalezenses com uma refeição fora de casa avançou 11,3% na Capital nos últimos quatro anos, passando de R$ 29,19 em 2014 para R$ 32,49 em 2018, segundo levantamento da Ticket. O avanço do custo da alimentação individual de Fortaleza foi bem menor que o de outras capitais do Nordeste no período, ficando atrás de Salvador (44%), Natal (32,52%), João Pessoa (27,51%), Aracaju (25,2%) e Maceió (12,23%).

O aumento do preço médio da refeição na Capital foi mais alto apenas que as variações observadas em Recife (9,35%), Teresina (7,36%) e São Luís (6,08%). Em comparação às outras regiões, o Nordeste obteve a menor evolução percentual do preço médio da alimentação fora de casa nos últimos cinco anos, passando de R$ 26,98, em 2014, para R$ 32,66 no ano passado, um aumento de 21,05%.

Com a desaceleração dos preços em Fortaleza frente a outras capitais da região, o custo médio da refeição individual na cidade deixou de figurar entre as mais caras do Nordeste, caindo da terceira para a quarta posição no ranking, atrás somente de Salvador (R$ 36,62), Aracaju (R$ 36,26) e Natal (R$ 32,80). O custo em Fortaleza também é menor que a média nacional, que passou de R$ 27,36, em 2014, para R$ 34,84, em 2018, um avanço de 27,33%.

Mas dados os indícios de retomada do crescimento econômico e a perspectiva de que a economia tome mais fôlego, o setor está otimista para os resultados deste ano. "No segundo semestre de 2019, a confiança dos empresários ficou mais forte, e o ritmo de crescimento foi maior. Estamos mais confiantes de que, em 2020, o consumo das famílias seja bem maior do que o deste ano", prevê.

Novos hábitos

"Nos sete primeiros meses de 2019, nós passamos por momentos de poucos avanços no crescimento das empresas do setor em relação aos outros anos por conta da insegurança política e econômica, que se desestabiliza", explica Rodolphe Trindade, presidente da Abrasel no Ceará.

Conforme o levantamento, houve no ano passado um incremento de R$ 3,30 no custo médio da alimentação individual em quatro anos na Capital. "Esse resultado se deve a vários fatores. O primeiro deles é que as famílias hoje em dia têm outros hábitos se compararmos com outros anos. Agora, elas estão trabalhando mais horas e não têm tempo de cozinhar, por isso preferem comer fora para poupar tempo. Antes, a alimentação fora do lar era algo pontual, hoje é uma atividade comum na vida do consumidor e se você calcular, com certeza sai mais barato", diz Trindade.

O presidente da Abrasel no Ceará também acrescenta que a alimentação fora do lar é um grande fomento para o setor de serviços. "O nosso segmento é o que mais cresce em todo o País e o que mais emprega, com mais de seis milhões de carteiras assinadas, mais de dois milhões de empresas formais e mais de 800 mil informais no Brasil. E com a recessão, a maioria dos desempregados migra para este ramo de alimentação fora do lar. É um setor que acolhe muita gente", afirma.

Fonte: Diário do Nordeste

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