abrasel

Embora ainda não exista lei que proíba o uso de canudos de plástico nos bares e restaurantes de Belo Horizonte, tal como já acontece em capitais como o Rio de Janeiro [a primeira a ter esse tipo de restrição], alguns estabelecimentos já estão adotando, por conta própria, uma postura mais ecológica diante do alto consumo deste material nada sustentável para o meio ambiente.

É o caso do Redentor Savassi, que desde o final do ano passado, está desenvolvendo uma atitude inédita na capital mineira: é o primeiro bar da cidade a substituir os tradicionais canudos de plástico por canudos de macarrão grano duro.

Segundo o empresário Daniel Ribeiro, um dos sócios da casa, a vontade de buscar opções mais biodegradáveis para o canudo de plástico já vinha sendo discutida há alguns meses. Houve, inclusive, testes com outros tipos de materiais, como vidro e metal. “Entretanto, devido ao fato da nossa operação ser muito grande, eles [vidro e metal] não são tão práticos para trabalhar”, afirma Daniel, acrescentando que o canudo de papel também foi testado, porém não permaneceu pois altera o sabor das bebidas.

"Nesse processo de pesquisas descobrimos que alguns bares de São Paulo estavam usando o canudo de macarrão e que a medida funcionava. Ele, ao contrário do papel, não altera o sabor da bebida e, diferentemente do plástico, vira adubo após ser consumido, ou seja, é 0% nocivo à natureza e aos animais”, explica.

A novidade, de acordo com Ribeiro, já está fazendo sucesso entre os clientes, que não só acharam os canudos de macarrão ecologicamente corretos, como também bastante divertidos. A expectativa da casa, que já está comprando cerca de 30kg do produto por mês, é que até o fim de março todos os canudos de plástico sejam substituídos. “O consumo precisa ser sustentável. E não é só o consumidor final que deve pensar em práticas mais ecológicas, mas também, e principalmente, nós [donos de bares] que estamos do outro lado do balcão. Buscar essa sustentabilidade não é balela. Nos Estados Unidos, por exemplo, são gastos quase 500 milhões de plásticos por dia. Mas quem paga essa conta é a natureza. Esse consumo desenfreado precisa ser revisto”, pontua Daniel.


Fonte: Agenda BH

Comentários